Nair e Verônica Lottermann Fotografias

Na época, quando o mundo da fotografia decidiu guiar o caminho das irmãs Nair e Verônica Lottermann, elas tinham apenas vinte e poucos anos. O apreço de Verônica pela fotografia resultava em clicks surpreendentes, que já naquela época atraíam olhares. "Eu carregava sempre comigo aquela câmera analógica. Até que um dia um amigo deu a ideia de eu investir na carreira de fotógrafa. Mas aquilo parecia distante, pois eu não sabia nada tecnicamente de fotos. Dias depois ele disse que tinha arrumado um profissional fantástico para me ensinar. Após o curso, larguei o banco e convidei minha melhor amiga, que é minha irmã, para empreender comigo. Foi assim que tudo começou", lembra Verônica.

A história das irmãs inicia com poucos recursos e sobretudo, muito amor e dedicação à arte de eternizar momentos. "Fotografávamos e íamos entregar as fotos de bicicleta, sempre com muita vontade de crescer" conta Nair, que recorda dos momentos de cumplicidade dela e da irmã, que antigamente iam fotografar casamentos e eventos à pé. Por muitas vezes abaixo de mau tempo, abraçadas, uma delas segurava o guarda-chuva e a outra a maleta que guardava uma relíquia: o primeiro instrumento de trabalho, uma câmera analógica.

Os anos passaram-se e quase três décadas depois elas guardam milhares de filmes que traduzem inúmeras histórias. De lá pra cá muita coisa mudou. Mas a vontade de crescer e o apreço pela fotografia permanecem os mesmos. "Muda principalmente a maneira de trabalhar. A técnica influencia muito. Antigamente levávamos uma caixinha de filtros para usar sobre a lente e criar efeitos desejados. Hoje isso é muito mais prático. Há vinte anos o click tinha que ser certeiro, não tínhamos a oportunidade de visualizar as imagens, a não ser depois que elas já estavam impressas. Era uma caixinha de surpresas", revelam as irmãs, que brindam um novo capítulo de suas histórias com a inauguração do novo espaço fotográfico, onde cultiva-se alegria, positividades e belos registros assinados por elas, que amam, sobretudo, a liberdade, a aventura e a novidade.